sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tratamento não farmacologico na doença de alzheimer

      O tratamento não farmacológico engloba uma variedade de técnicas que devem ser utilizadas consoante a evolução da doença, ou seja o tratamento não farmacológico será orientado de forma diferente ao longo das várias fases da doença.
      Falar de reabilitação na doença de Alzheimer não parece que seja sensato, visto que reabilitação signifia regeneração. Ora, a doença de Alzheimer é uma demência degenerativa e por isso impossível de ser reversível. Em todo o caso podemos falar de habilitação, ou seja, perparar o doente e os seus familiares para a doença, no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida a ambos, modificando comportamentos e padrões de vida desadaptativos ao nível da vida social, profissional e emocional. É também importante trabalhar os aspectos cognitivos do doente, utilizando estratégias distintas em função do estado específico do doente, para que a evolução da doença seja mais lenta e para que o doente aprenda a lidar com as suas dificuldades inerentes a uma deterioração das funções cognitivas.

       Adaptação do ambiente:Em primeiro lugar, deve haver uma adaptação do ambiente onde o doente vive, às suas dificuldades. Sinalizações no chão ou nas paredes, desobstrução das passagens, etc.

      Trabalhar aspectos emocionais:O doente deverá ter apoio psicoterapêutico no sentido de minimizar o sofrimento causado pela síndrome depressiva ou pelas perturbações de ansiedade, típico da fase inicial da doença, em que o doente sente perder o controlo das situações e o medo do futuro. Esta é uma fase em que o doente ainda tem consciência da sua situação e por isso devem ser trabalhados os sentimentos e emoções do doente relacionados com o seu problema. O objectivo terapêutico deve ser o de estimular a auto-estima do doente, de reduzir os sentimentos de ansiedade e depressão, ajuda-lo a ter mais autonomia e a evitar a perda de controlo.
  As técnicas cognitivo-comportamentais, como as estratégias de gestão de stress e reestruturação cognitiva, podem ser úteis, na medida em que podem reduzir a ansiedade e o medo face ao futuro. As técnicas de relaxamento também podem ser eficazes para melhorar a qualidade do sono que é frequentemente alterada na doença de Alzheimer e as perturbações da ansiedade em geral.
      Estas técnicas podem e devem também ser aplicadas aos familiares do doente, que também estão a viver momentos de sofrimento, nomeadamente sentimentos depressivos e ansiosos.

       Trabalhar os aspectos cognitivos: A terapia deve também ajudar o doente a habilitar a sua memória utilizando métodos específicos, tais como utilização de agendas adaptadas ao doente e outras coisas práticas que o ajudem na sua vida quotidiana.

       Outras técnicas de habilitação cognitiva, consistem em utilizar exercícios que permitam “desenvolver” a linguagem, a memória, a atenção-concentração, a leitura, a escrita, a orientação e a coordenação motora.
Portanto, incentivar a recreação e o exercício de capacidades cognitivas, numa fase inicial, podem ser factores estimulantes.




       Portanto, a terapia ocupacional, na intervenção face a estas questões e a actividades da rotina diária, como a alimentação, por exemplo, é determinante nesta vertente.       
   Também a fisioterapia e a neuroestimulação desempenham papéis fundamentais, intervindo junto da estimulação física, sensorial e cognitiva, tentado retardar o mais possível a perda das capacidades relacionados com esta doença.





   http://www.psicologia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1106222449
   http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/TL0032.PDF
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